Conforama à beira da Insolvência
A Conforama estava com problemas antes da crise provocada pela Covid-19, sendo que havia avançado com um plano de reestruturação, o qual começava a dar frutos. De todo o modo, com a pandemia, a empresa ficou mais enfraquecida do que nunca.
O grupo de móveis aguarda, há mais de um mês, um empréstimo garantido pelo Estado de 322 milhões de euros, o PGE, que constitui um mecanismo criado para apoiar as empresas afetadas por esta crise. Sucede que negociações com o Banco BNP estão paradas e, sem esse empréstimo, a situação da Conforama é muito complicada, arriscando-se a insolvência.
Na ausência do dinheiro, a empresa não sabe se irá conseguir lidar com apenas cerca de 20 lojas das quase 200 que deveriam estar a funcionar e milhares de funcionários, dos quais cerca de 20.000 postos de trabalho dependem de fornecedores e fabricantes.
O CEO da But, Alexandre Falck, segunda no mercado Francês, antes da Conforama e depois da IKEA, considera a união entre ambas as marcas, para que “vivam e estejam em concorrência saudável no mercado, continuando a desenvolver-se”.
Ainda assim, no caso deste projeto avançar, estará sob algumas condições: a But assume algumas das lojas, funcionários e ferramentas logísticas, além de que está pronta para pagar aos fornecedores (que, aliás, são os mesmos da But), mas não empresta qualquer dinheiro para garantir retornos de investimentos.